54. Aventura Européia
(fatos ocorridos em 2007)

          Com meu filho e nora residindo em Lyon, França, e estando eu aposentado, uma nova viagem à Europa não tardaria a acontecer. E realmente aconteceu, no verão europeu de 2007, nos meses de julho e agosto, quando planejamos e realizamos uma excursão por grande parte do velho continente, que eu chamei de “EuroTour 2007”.

          Embarquei em Goiânia temeroso pois, até uma semana antes de minha viagem, estavam ocorrendo problemas de atrasos e cancelamentos de vôos em vários aeroportos do país. Mas tranquilizei-me ao sentar-me no avião que me levaria pela terceira vez a Paris. A passagem pelo aeroporto de Guarulhos foi relativamente tranqüila, apesar das filas e do grande número de passageiros no saguão do aeroporto.

          Sempre que faço uma viagem para encontrar-me com meu filho, meu coração vai carregado de alegria e esperança. Nada poderia dar errado; afinal, eram um pai e um filho separados por um oceano imenso e unidos por um amor ainda maior, que queriam encontrar-se. Pensei que o universo inteiro estaria agindo a nosso favor.

          Ao descer em Paris, conferiram meu passaporte e nem olharam para minha bagagem; isto foi ótimo porque, em uma das malas, eu levava um grande contrabando de produtos brasileiros que incluía doces, cigarros, sandálias havaianas e, até, uma escultura indígena Karajá, com a qual presenteei minha nora.

          Ao adentrar no saguão do terminal 2 do Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, vi meu filho e nora sentados em um café em frente à saída do desembarque internacional, senti como se cada veia do meu corpo fosse inundada por uma incrível euforia e corri para abraçá-los. O tempo passa voando e já fazia dois anos que eu não os via.

          Tomamos um trem para irmos do terminal ao estacionamento, pois aquele aeroporto é enorme; colocamos a bagagem no carro e seguimos para o hotel; naquele instante iniciava-se a mais incrível aventura de minha vida: uma viagem de carro por sete países da Europa, que duraria dois meses.

          Chegamos ao hotel no final da tarde; arrumamos nossas bagagens e saímos para jantar. Naquela tarde eu iria experimentar um prato típico árabe chamado Couscous, que achei muito seco e comi apenas o suficiente para matar a fome; entretanto, considero interessante experimentar novas culinárias, pois às vezes temos surpresas agradáveis.

           Voltamos para o hotel, porque estávamos todos muito cansados e precisávamos dormir bem, para podermos enfrentar os próximos seis dias em Paris. Seria uma maratona simplesmente inesquecível, durante a qual eu tirei cerca de quatrocentas fotos de lugares incríveis como o Museu do Louvre, a Torre Eiffel, as basílicas de Notre Dame e Sacré Coeur e o Palácio de Versalhes, com seus magníficos jardins.



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